segunda-feira, 15 de setembro de 2014


Hoje estou postando aqui um artigo de uma aluna muito dedicada da Pedagogia- UFPEL-EAD.

 Leitura bem gostosa e interessante, espero que gostem!!!

 Rose Gerlach 
roselaniag@gmail.com


A MAGIA DA ARTE DE LER

        Penso que o Ler, a leitura é antes de tudo, o descobrimento e a expansão dos nossos horizontes. Deve ser encarado como um ato de prazer e que deve ser incitado, induzido pelos pais, professores e meios de comunicação mesmo quando ainda crianças, para que o gosto pela leitura esteja inserido naturalmente no cotidiano e jamais como obrigação promovendo assim leitores assíduos e críticos.
         Em nosso País, infelizmente, lê-se pouco, geralmente isso acontece por obrigação nas escolas, pois os exemplos de casa são raras exceções. A leitura escolar está distanciada da realidade das experiências pessoais, e quando se chega à vida adulta a maioria esqueceu há tempos o gosto por esse hábito e a probabilidade disso repetir-se de geração para geração, de pai para filho, da escola para o aluno, é preocupante e real.
Os principais exemplos de conduta que serão levados pela vida toda começam no âmbito familiar, é neste ambiente propício para a construção da personalidade que se marca para sempre as vontades e os anseios, os desejos e as motivações.
         A criança necessita interação com tudo e todos a fim de reter a maior quantidade possível de informações, conhecimentos, experiências. Se não for alimentado, essa gana por novidades poderá, com o tempo, distanciar-se do caminho que leva à leitura. O tempo trata de rapidamente apresentar trilhas muito mais fáceis de serem percorridas, pois algumas dessas trilhas não necessitam de guia ou setas, apenas da atenção alheia. A televisão é uma delas, certamente. Requer pouquíssima concentração, nenhuma aptidão, qualquer vontade que seja, e ai acaba-se perdendo o leitor.

Segundo Silva (1981, p. 45) é relevante “o fato da leitura ligar-se muito intimamente ao projeto educacional e à própria existência do indivíduo.” De fato, quanto mais a leitura estiver fazendo parte do cotidiano de cada um, haverá mais leitores realmente conscientes do que lêem, e para quê lêem. Leitores afeitos ao prazer, sempre em prontidão para conhecerem outros mundos, outras idéias, em benefício próprio.
 
            É necessário instigar a criança à ludicidade, à curiosidade pela fantasia, por histórias, adaptadas ou não, o importante é contá-las ou lê-las aos filhos. Casos ocorridos, lembranças de vida, historias passadas de geração a geração, tudo é válido. A aquisição rotineira de livros aos filhos prestando atenção nas preferências deles também conta, assim como levá-los à bibliotecas e livrarias, inserindo no dia-a-dia da família este hábito, uma vez que o contato com este mundo somente ajudará e muito para os costumes familiares caminharem em direção ao conhecimento. É crucial saber que a criança deve ter as escolhas próprias respeitadas. Com o gerenciamento dos pais obviamente.

 O exemplo que a criança tem em casa é o mais valioso, por isso quando ela vê os pais em diversas oportunidades “agarrados” a livros ou mesmo periódicos, terá maior facilidade a valorizar tal ato instintivamente (SANDRONI, L. C.; MACHADO L. R., 1987).
        

Para as crianças pequenas são recomendadas as histórias mais curtas e rápidas, de linguagem bem simples, com muitas ilustrações que denotam movimento e reforçam a história. Deve-se ler para eles em voz alta, podendo-se interpretá-las encenando-as junto à leitura. Isso fará a criança interessar-se em aprofundar-se neste mundo mágico, desejar mais e mais, até chegar o momento dela própria buscar histórias que lhe interessam.
         Para os já em processo de alfabetização, livros de fácil leitura, com histórias curtas impressas em letras grandes, de frases curtas, ou aqueles que brincam com as formas da palavra, e também os livros devem ficar num lugar da casa de acesso fácil. Mas não somente em casa a leitura deve ser motivada, atraída, a escola também deve fazer seu papel, pois a mesma tem um papel importante na vida do sujeito, pois o mesmo passa um bom tempo dentro da mesma, e deve ser o seu segundo lar a sua segunda família. Ambos, escola e família devem ter um contato estreito e sincero, pois assim a criança certamente terá uma motivação maior, não somente na leitura, mas também na aprendizagem. Ler deve ser prazeroso. É base para uma vida toda, ferramenta para enfrentar os desleixos da sociedade e a escola exerce fator importantíssimo no que se refere a esta construção do Ser Humano consciente do que o rodeia.
Por isso a importância do ato de ler desde os primeiros anos da criança, deve ser a influencia de todos neste processo, pois será decisiva para toda a vida. A leitura continua a ser a principal forma de se construir opiniões próprias, de se ter um embasamento necessário, para toda e qualquer atividade, mas também é preciso ressaltar que a leitura deve ser tida como um lazer, um hábito que de prazer ao ser humano, que o envolva em um mundo de magia e conhecimento.

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