O EDUCAR
E O CUIDAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Ao se
trabalhar com crianças pequenas, deve-se partir do principio, conhecer quais as
suas necessidades e interesses, descobrir quem são estas crianças, conhecer um
pouco da sua historia, sua família, em que fase de desenvolvimento se encontra.
Sendo assim podemos compreender as reais possibilidades destas crianças,
sabendo que a escola de educação infantil é uma das portas de entrada para uma
vida social mais ampla longe do ambiente familiar em que ela vive. Frequentar
uma escola de educação infantil é um direito de toda criança e os governantes
devem garantir este espaço para que a criança possa ter os seus direitos
respeitados e, entre eles, o de viver a infância. O Cuidar e educar são
impregnar a ação pedagógica de consciência, estabelecendo uma visão integrada
do desenvolvimento da criança com base em concepções que respeitem a
diversidade, o momento e a realidade peculiares à infância. Sendo assim, o
educador deve estar em permanente observação e vigilância para que não
transforme as ações em rotinas mecanizadas, guiadas por regras. Consciência é a
ferramenta de sua prática, que inova tanto a ação quanto à própria teoria.
Cuidar e educar é o reconhecer que o desenvolvimento, a construção dos saberes,
a constituição do ser não ocorre em momentos e compartimentados.
A criança é um ser completo, tendo sua
interação social e construção como ser humano permanentemente estabelecido em
tempo integral. Cuidar e educar significa compreender que o espaço/tempo em que
a criança vive exige seu esforço particular e a mediação dos adultos como forma
de proporcionar ambientes que estimulem a curiosidade com consciência e
responsabilidade.
Cuidar e
educar caminha simultaneamente e de maneira indissociável, possibilitando que
ambas as ações construam na totalidade, a identidade e a autonomia da criança. Brincar
é um direito das crianças, pois é através das atividades lúdicas que elas
exploram o seu mundo interior, imitam aspectos da vida adulta para
compreendê-la. O brincar tem funções lúdicas e educativas ambos com valor
pedagógico. A brincadeira pode ser livre ou dirigida, mas o importante é que o
educador consiga equilibrar estas funções para que aconteça o aprendizado.
Segundo o
referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 21
apud CEBALOS;MAZARO, 2011):
Brincar é uma das atividades
fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia. O fato de a
criança, desde muito cedo, poder se comunicar por meio de gestos, sons e mais
tarde representar determinado papel na brincadeira faz com que ela desenvolva
sua imaginação. Nas brincadeiras, as crianças podem desenvolver algumas
capacidades importantes,
tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação. Amadurecem também
algumas capacidades de socialização, por meio da interação e da utilização e
experimentação de regras e papéis sociais.
Sendo
assim torna-se necessária uma parceria de todos para o bem-estar do educando.
Cuidar e educar envolve estudo, dedicação, cooperação, cumplicidade e, principalmente,
amor de todos os responsáveis pelo processo, que se mostra dinâmico e em
constante evolução. O brincar é muito importante para o desenvolvimento da
criança, e é através da brincadeira que temos a possibilidades de trabalhar o
lado motor, cognitivo, social e emocional dos sujeitos. Nas
brincadeiras é possível criar, imaginar, interagir com os outros, pois ela desenvolve
todos os sentidos da criança e promove processos de socialização e descoberta
do mundo.
Muitas vezes há uma intencionalidade do adulto
em ensinar para a criança tudo o que o mundo oferece, mas as crianças acabam
aprendendo sobre este mesmo mundo, brincando ou somente experimentando todas as
coisas que pertencem a ele. A experiência, a observação e a exploração do meio,
trás a criança conhecimento e possibilita a reorganização do seu pensamento,
abrindo a possibilidade de soluções para novas buscas. A criança é o resultado
das suas vivências, seja sozinha ou em grupo. Na escola, a criança também
vivência e conquista muitas coisas. O professor também tem um papel importante
na formação dela, mas ao contrário do que alguns pensam, ele será um “mediador”
desta aprendizagem. Ele possibilita e favorece novos conhecimentos, que podem
ou não ser absorvidos pela criança, dependendo dos seus desejos e necessidades.
A Educação Infantil é o “berço” das descobertas, é
uma fase em que não podem faltar estímulos. Sendo assim, o lúdico é a peça
essencial no processo ensino–aprendizagem.
Rose Gerlach
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